Como fazer vinho caseiro ? É um exercício de paciência que requer alguns conhecimentos de como o processo de fermentação ocorre para poder controlá-lo. Vamos para a primeira fase : Desengace, esmagamento, filtragem e primeira fermentação.
Tudo começa em janeiro, época da colheita de uva na Serra Gaúcha quando, caminhão com placa de Antonio Prado / RS faz várias viagens até o Riacho Grande na Cantina do Aldo, cada uma delas com cerca de 6 toneladas de uva. Nós ficamos com 100 kg para a produção de 2015, o que deve resultar em cerca de 60 litros de vinho, umas 80 garrafas.

As uvas são do tipo bordô, uma uva muito resistente as principais doenças que se aclimatou muito bem no sul do Brasil.

A primeira etapa é o desengace, quando os bagos de uva são separados manualmente do o cacho.
Logo depois são esmagadas (prensadas) para separar as casca, aqui usamos uma pequena moenda a manivela (não, não amassamos as uvas com os pés).

As cascas por serem mais leves, ficam boiando no mosto e são chamadas de “chapéu”. Neste ponto damos uma “mãozinha ” para a mãe natureza acrescentando :
- 15 gramas / 100 kg de metabissulfito de potássio, um seletor de leveduras que desativa as leveduras selvagens oriundas de restos de outros materiais orgânicos misturado ao mosto. Nesta dosagem, é totalmente inofensivo ao ser humano.
- 10 gramas / 100 kg de Saccharomyces Cerevisiae, uma levedura muita utilizada não só na produção do vinho, mas também da cerveja e do pão.

Depois de 3 dias , o mosto é filtrado e vai para os garrafões de vidro onde começa a fermentação para valer. Repare que existe em cada garrafão uma “válvula” improvisada que permite a saída do CO2 mas não deixa o ar entrar.

O vinho fica aqui até a primeira trasfega, que é transferência do vinho de um recipiente para outro separando os sedimentos e contribuindo para a sua clarificação, aproximadamente daqui a 30 dias. Até lá 🙂
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